Resumos, Análises, Reflexões sobre Investigação - Pedro Barbosa Cabral
8 de julho de 2008
Pós-apresentação
30 de junho de 2008
Final do webfolio
Os recursos disponibilizados para a UC "Investigação Educacional" foram bastante úteis em todo este processo. Numa fase inicial foi muito importante o esclarecimento e a discussão tida em torno dos paradigmas em investigação. Se tinha já conhecimento prévio do uso de diferentes metodologias, não tinha uma consciência tão fundamentada acerca do que cada paradigma representava. Desse ponto de vista sinto que houve uma franca evolução no meu pensamento e conhecimento. Contudo, sinto a necessidade de pesquisar mais detalhadamente determinadas metodologias usadas dentro de cada paradigma, uma vez que fiquei com uma noção bastante genérica nalguns casos. Um aspecto francamente positivo esteve relacionado com o tempo determinado para a primeira actividade, havendo bastante tempo para a análise individual (auto-aprendizagem), a discussão em pequeno grupo e em grupo alargado.
Numa segunda fase, tivemos diferentes actividades que consistiam na análise individual e discussão em pequeno grupo quase em simultâneo, havendo posteriormente um momento para a reflexão em grupo. Neste período, resultado de diversos factores, senti que foi feito um esforço muito grande para conseguir acompanhar todo o processo. Fruto disso, foi também o momento em que comecei a abrir espaços de reflexão no blog, que só acabaria por "pegar" muito mais tarde. Um outro indicador do "estado de espírito" da turma nessa altura foi a incapacidade inicial que demonstrámos para conseguir terminar a matriz da entrevista semi-estruturada (concluída posteriormente à data prevista por um dos colegas). Apesar desta situação julgo que foram aprofundados os conhecimentos relativos à recolha de dados a partir das entrevistas e dos questionários.
Mais uma vez, os recursos bibliográficos usados pareceram-me mais que suficientes.
A partir daí houve duas mudanças nos processos de aprendizagem nesta UC que me pareceram muito produtivos e onde se sentiu uma "lufada de ar fresco": o facto das datas do fim das actividades terem mudado para outros dias que não o fim-de-semana e a própria metodologia de trabalho, que não passava pela elaboração de um documento final, mas que era centrado exclusivamente na discussão em grupo alargado. Durante este processo senti que fiquei mais esclarecido no que diz respeito à investigação-acção, na medida em que tinha a ideia pré-concebida que esta era uma forma de investigação levada a cabo por investigadores e não por qualquer tipo de pessoa. A discussão em torno da análise de dados quantitativos foi onde tive menos dificuldades em toda a UC, na medida em que já tinha algumas bases com certo grau de consistência nesta área. Contudo, no que diz respeito à análise de dados qualitativos, apesar das leituras efectuadas, sinto que há ainda muito terreno para desbravar, o que me obriga a uma maior dedicação a esta temática. Por outro lado considero que a prática na análise de dados qualitativos também me poderá ajudar no cimentar desses conhecimentos.
A última discussão, sobre a ética em investigação, pareceu-me ser pouco aprofundada, embora o essencial tenha sido explorado. Talvez isto tenha acontecido por questões motivacionais, isto é, como a turma já tinha tido uma UC no semestre anterior em que se discutiu sobre ética na educação, alguns dos assuntos já tinham sido abordados.
Finalmente, gostava de referir que o processo foi bastante enriquecedor e que a interacção criada entre os alunos neste tipo de contexto de aprendizagem favorece a troca de conhecimentos e de saber. Como foi referido houve áreas onde aprofundei bastante aspectos não tão bem estruturados do meu conhecimento e outras em que fiquei com a noção que preciso de maior dedicação. Haverá um ou outro aspecto que necessita de ser analisado durante a produção do relatório de investigação, embora os pilares para que consigamos avançar com a investigação tenham sido adquiridos.
29 de junho de 2008
Outras Questões Investigativas
Observação participante e não participante
A observação é típica nas abordagens qualitativas e podemos catalogá-la como participante e não participante. Estes dois conceitos destinguem-se, grosso modo, pela forma como o investigador participa, ou não, na vida da comunidade que está a investigar. De facto são duas visões extremadas da observação, mas que do ponto de vista prático são muito pouco prováveis de acontecer. Assim, "os investigadores de campo situam-se algures entre estes dois extremos" (Bogdan & Biklen, 1994, p. 125), sendo que essa participação varia ao longo da investigação.
Na observação não participante, os nossos olhos funcionam como se de uma câmara de vídeo se tratassem, enquanto que na observação participante é necessário ter recursos como uma câmara de vídeo para poder registar de forma mais fidedigna os dados que se querem recolher. Assim, notamos que cada tipo de observação tem as suas limitações e é necessário recorrer a instrumentos diversificados de modo a colmatar essas lacunas. A escolha sobre qual deverá ser o papel do investigador acaba por ser definido de acordo com a investigação em si, mas também de acordo com as próprias características do investigador. Este pode sentir-se melhor num papel activo ou pelo contrário distante.
Como redigir um relatório
Na altura da análise dos paradigmas investigativos, analisou-se igualmente como se estrutura um relatório de investigação. Por seu turno, a análise que fizemos em torno de dois relatórios (um que seguia uma abordagem qualitativa e outro uma abordagem quantitativa) permitiu entender a forma como se estrutura um documento deste tipo. Parece ser consensual que o relatório deve estar estruturado com a introdução (onde surge o problema teórico, as questões investigativas, a revisão bibliográfica, as hipóteses e as variáveis), o método (com a indicação dos participantes, os intrumentos e os procedimentos), os resultados (consoante o tipo de abordagem a apresentação dos resultados varia) e a discussão.
Contudo, há outros aspectos a ter em conta na redacção de um relatório: capa, agradecimentos, índice, listas de tabelas e de figuras, resumo, referências bibliográficas, formatação, letra, espaços, tabelação, paginação, etc...
Provavelmente, um dos aspectos que sugere mais dúvidas é a forma como se fazem determinadas citações: um paper de um simpósio que se obteve numa base de dados online; um artigo de uma revista científica que não tem o nome do autor, mas temos a indicação de uma associação; ... Estes são alguns dos exemplos que podem suscitar dúvidas. A necessidade de haver um documento com normas sobre como redigir um relatório de investigação orienta e ajuda neste processo.
Recursos usados:
Bogdan, R. & Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
Garcia-Marques, T. (2002). Como escrever um relatório de um estudo empírico?. Lisboa: ISPA.
Lopes, C. (2003). Citações & referências bibliográficas. Lisboa: ISPA.
Ética na Investigação - Análise ao Tema 5
Na investigação a ética está presente (ou deve estar) nas diferentes fases investigativas. Podemos então levantar algumas questões éticas:
- O que é que o investigador deve investigar?
- Deve o investigador estar manietado a imposições investigativas externas?
- Como devem ser canalizados os fundos de investigação?
- Deve o investigador omitir determinados aspectos por que põem em causa interesses maiores?
- Devemos sempre reservar o direito de confidencialidade?
- Devemos sempre divulgar os resultados?
- ...
De facto na comunidade científica surgiram várias questões éticas que são alvo de discussão. Contudo, há um conjunto de condutas que parecem ser unânimes. Assim importa analisar nas diferentes fases que condutas devem estar presentes no investigador.
Antes da fase de recolha
- Não recorrer ao plágio;
- Indicar as fontes que serviram de suporte teórico;
- Pedir autorização às fontes de pesquisa, quando estas contém dados que ainda não foram publicados;
- Não colocar os interesses do investigador acima de tudo, colocando em causa a própria investigação e todos aqueles que poderão estar envolvidos.
Durante a fase de recolha
- Informar detalhadamente os participantes acerca da investigação;
- Estabelecer um conjunto de obrigações e direitos do investigador e do participante;
- Aceitar a declínio à participação;
- Respeitar os interesses e os direitos daqueles que participam na investigação;
- Não ter uma postura discriminatória perante os participantes.
Após a fase de recolha
- Proteger os participantes envolvidos na investigação, garantindo a confidencialidade e o anonimato;
- Informar os participantes dos resultados;
- Não alterar dados ou resultados;
- Não enviesar conclusões;
- Não omitir dados ou resultados assim como justificar a não análise de dados recolhidos;
- Indicar as limitações da investigação;
- Dar a conhecer à comunidade e aos investigadores as metodologias usadas;
- Não usar metodologias, ou adoptar posturas investigativas que levem a consequências negativas do ponto de vista social.
Não há uma regra geral para o comportamento ético em investigação. Há um conjunto de condutas éticas que devem ser tidas em conta, mas que não devem servir como regra para toda e qualquer situação.
Recursos usados:
28 de junho de 2008
Dados Quantitativos e Qualitativos - Análise ao Tema 4
Nas duas entradas onde se explorou a análise de dados quantitativos e qualitativos, apenas se abordou uma pequena franja daquilo que pode ser a análise em ambos os casos.
Enquanto que na investigação que obriga à obtenção de dados qualitativos, o que importa são processos ligados à compreensão e descrição de fenómenos, nas abordagens quantitativas o que importa é a predição e explicação de fenómenos, o que obriga a tipos de recolha diferentes e, consequentemente, a formas de tratamento de informação diferenciada. Mesmo dentro de cada abordagem, podemos encontrar metodologias diferentes. A procura pela resposta mais adequada, obriga ao conhecimento das "ofertas" metodológicas, mas também ao conhecimento das potencialidades que existem no cruzamento de diferentes tipos de metodologia.
Devido às experiências que tenho tido no campo da investigação, mas também no que diz respeito à própria formação, o tratamento de dados quantitativos é aquele com que me sinto mais à vontade. Mesmo assim, tenho noção que há muitos aspectos que necessitam de melhor exploração. Na análise de dados qualitativos sinto-me muito pouco à vontade, o que me obriga a um maior investimento pessoal nesta área.
15 de junho de 2008
Análise de Dados Qualitativos
À semelhança do que aconteceu na análise de dados quantitativos, foi-nos proposto um desafio onde teríamos que reflectir sobre 6 questões, tendo como base uma tese de dissertação (Proc. de Liderança e Desenv. Curric. 1º Ciclo do Ensino Básico: Estudo de Caso ).
1. Se desenvolvesse uma investigação centrada no objecto de estudo desta dissertação, escolheria a entrevista como método de recolha de informação?
A investigadora usou a entrevista como instrumento de recolha para compreender as percepções que os diferentes participantes no estudo, mas apoiou-se na análise de documentação para, essencialmente, caracterizar o contexto que ia ser investigado.
Tendo em consideração o problema levantado para a investigação em causa, a entrevista foi uma boa opção tomada pela investigadora. Um dos aspectos que a levaram ao uso exclusivo de uma abordagem qualitativa, prendeu-se com limitações temporais (ver p. 87 da tese), como tal, a entrevista é um método que se enquadra perfeitamente neste tipo de investigação. Se não houvesse essa limitação seria interessante, a partir dos dados recolhidos, criar um questionário dirigido aos restantes membros da comunidade educativa, para confirmar algumas das percepções referidas pelos participantes entrevistados, através da análise estatística, até porque a própria investigadora refere que o número de participantes no estudo foi limitado, não permitindo uma generalização da análise dos resultados. Mesmo assim, o que se pretende num estudo qualitativo diz mais respeito à descrição e compreensão de fenómenos (Almeida & Freire, 2003), por isso, a opção de usar a entrevista como método de recolha parece ser adequada ao contexto.
Por outro lado, também seria interessante, caso fosse exequível, uma metodologia de observação participante, com o objectivo de "sentir na pele" os processos de liderança. Seria igualmente pertinente, e uma vez que duas das questões do problema se prendiam com os comportamentos e o aproveitamento dos alunos, fazer uma análise de documentação dirigida a estes aspectos.
2. Os procedimentos adoptados para a análise das entrevistas adequam-se aos objectivos da investigação?
Tendo em vista o problema colocado, colocaria os seguintes pontos a serem analisados durante as entrevistas:
1. Percepção da liderança
2. Seus efeitos ao nível:
- cultura escolar;
- clima escolar;
- comportamentos dos alunos;
- aproveitamento dos alunos;
- relacionamento com as famílias;
- relacionamento com a comunidade.
Os procedimentos adoptados para a análise de conteúdo das entrevistas parecem ser bastante adequados, na medida em que são expostos de uma forma extensa e clara ao longo da tese. Dois dos aspectos referidos pela investigadora, sobre os quais teve especial preocupação, tinham a ver com a flexibilidade da categorização dos conteúdos, bem como a preocupação em não perder o significado dos conteúdos. De facto, esta preocupação revela-se bastante importante em estudos de abordagem qualitativa, na medida em que a descrição e a compreensão dos fenómenos obrigam a que estes dois pontos nunca sejam postos de lado.
Relativamente à percepção de liderança, este aspecto parece ser amplamente analisado pela investigadoras. Contudo, alguns dos efeitos definimos no problema parecem não ser analisados com a mesma profundidade. A entrevista, enquanto método de recolha de dados, tem a flexibilidade suficiente para que o entrevistador saiba gerir da melhor forma possível os dados que vai recolhendo, como tal, provavelmente a investigadora terá obtido as informações necessárias para o problema que havia colocado, mas necessitou de aprofundar mais no que diz respeito à liderança, acabando por ter que retomar o tema nas diferentes entrevistas que foi realizando.
3. Quais são as principais etapas de análise de conteúdo seguidas pela autora?
Parece-me que as principais etapas são enunciadas na página 113 da tese:
1) Leitura integral de cada entrevista (leitura flutuante). Este primeiro passo parece ser importante para tirar um conjunto de notas úteis para a análise dos dados, mas também para sublinhar aspectos que podiam ter sido aprofundados de outra forma, ou outros que não tinham sido pensados sequer, que possam ser aproveitados numa futura entrevista.
2) Identificação de temas e categorias, fazendo uma análise temática, sublinhando segmentos de texto, que permitiram a selecção de unidades de significação (através do uso simultâneo da abordagem indutiva - essencialmente - e dedutiva).
3) Utilização de grelhas com os temas e categorias - do tipo semântico - para a análise do corpus das entrevistas (com base nos princípios da exclusão mútua, homogeneidade, exaustividade, pertinência, produtividade e objectividade).
4) Interpretação dos dados fazendo inferências.
A análise de conteúdo surge como pivô na análise de entrevista. Contudo, este pode seguir diferentes tipos de procedimentos, o que significa que temos que conhecer área em que vamos aplicar a análise de conteúdo, de modo a usar a metodologia de análise de conteúdo mais apropriada à investigação.
4) A análise de conteúdo revela-se um método adequado para o tratamento da informação recolhida?
A forma como foi feita a análise de conteúdo parece ser um método bastante adequado, apesar de podermos cruzar esta análise com aquela que é feita com programas informáticos para o efeito, de modo a dar maior credibilidade à análise que é feita.
5) De acordo com as leituras que realizou, poderiam ter sido seguidas outras metodologias de análise das entrevistas?
Como já foi referido na questão anterior, o uso de programas informáticos para a análise de entrevistas parecia ser uma boa solução. Para além desta hipótese poderíamos recorrer à análise semiótica ou à grounded theory. Contudo, o conhecimento que tenho nesta área ainda é reduzido e não me permite uma maior exploração.
6) Compare a sistematização da análise de conteúdo realizada pela autora com os outputs parciais publicados no espaço de documentos sobre análise qualitativa (“Análise Qualitativa.Tratamento” e Análise Qualitativa.Quadros). Que comentários lhe sugerem as diferenças que identifica?
Enquanto que na tese é feita uma análise de conteúdo, nos dados fornecidos é feita uma análise de discurso. À semelhança do que se passou na questão anterios, o conhecimento que tenho nesta área ainda não é suficientemente amplo para poder dar uma resposta mais complexa.
Recursos usados:
Análise.Qualitativa.Tratamento
Almeida, L. & Freire, T. (2003). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilibrios.
3 de junho de 2008
Análise de Dados Quantitativos

Problema 1 – Relação entre a variável “utilização do computador (diária e quase diária)” e as variáveis “utilização do computador para escrever textos” e a “utilização do computador em ambientes virtuais de aprendizagem”.
1. A proporção de indivíduos que usa o computador diariamente dá maior uso à escrita textos no computador do que aqueles que usam quase todos os dias?
a. H0:p(todos dias) = p(quase todos dias); H1:p(todos dias) > p(quase todos dias)
2. A proporção de indivíduos que usa o computador diariamente dá maior uso a ambientes virtuais de aprendizagem do que aqueles que usam quase todos os dias?
a. H0:p(todos dias) = p(quase todos dias); H1:p(todos dias) > p(quase todos dias)
Uma vez que estamos na presença de tabelas de contigência (neste caso 2x2), poderíamos usar o teste do Qui-quadrado se fossem cumpridas as seguintes condições:
· N ≥ 20;
· Todos os valores esperados (E i ) Superiores a 1;
· Pelo menos 80% E i ≥5.
Problema 2 – Analisar se existem diferenças significativas entre os professores que nunca utilizaram computadores com os alunos e os que já utilizaram, no que se refere à opinião que estes têm relativamente a 4 variáveis.
· Variável dependente quantitativa;
· Amostras independentes;
· Variável Dependente ~ N(μ,σ);
· σ1 = σ2 (variâncias homogéneas).
1. O constrangimento no uso das TIC frente aos alunos é igual para quem nunca usou o computador com os alunos e quem já usou
a. H0:μ(nunca usou) = μ(já usou); H1:μ(nunca usou) ≠ μ(já usou)
2. A exigência de novas competências por parte dos professores para o uso das TIC é igual para quem nunca usou o computador com os alunos e quem já usou
a. H0:μ(nunca usou) = μ(já usou); H1:μ(nunca usou) ≠ μ(já usou)
3. Os professores que consideram que conteúdos da internet não se adequam à disciplina é igual para quem nunca usou o computador com os alunos e quem já usou
a. H0:μ(nunca usou) = μ(já usou); H1:μ(nunca usou) ≠ μ(já usou)
4. Os professores que consideram que as TIC não melhoram a aprendizagem é igual para quem nunca usou o computador com os alunos e quem já usou
a. H0:μ(nunca usou) = μ(já usou); H1:μ(nunca usou) ≠ μ(já usou).
• algumas vezes por semana – 8,
• algumas vezes por mês – 32,
• algumas vezes por ano – 96,
• nunca usaram – 99.
Problema 3 – Colocação de outras hipóteses.
Para esta última tarefa, a única variável independente que surgiu de imediato, como possível dado para a colocação de hipóteses, esteve relacionado com a idade. Dentro desta variável, poderíamos optar pela reformulação de classes. Assim, teríamos duas hipóteses para a definição de classes, com base no número de inquiridos:
• 1 – 26 aos 35; 2 – 36 aos 45; 3 – 46 aos 55 (retiraram-se as outras duas classes por terem um número reduzido de inquiridos);
• 1 – 18 aos 35; 36 aos 45; 3 – Maiores de 46.
Este quadro surge já depois da cadeira de investigação qualitativa e na sequência de um comentário deixado no blog:

Retirado do 3º curso de Estatística Aplicada às Ciências Sociais e Humanas com o apoio do SPSS, Professor Doutor João Maroco
18 de maio de 2008
Investigação-Acção - Análise ao Tema 3
O termo investigação-acção foi apresentado por Kurt Lewin em 1946 no paper "Action Research and Minority Problems" (fonte http://en.wikipedia.org/wiki/Action_research).
A associação da investigação-acção ao paradigma qualitativo é inevitável, isto porque parte de um processo baseado na experiência e prática diária, seguindo o método indutivo, mas que não se preocupa meramente com a procura de descrever ou compreender os fenómenos. O grande objectivo da investigação-acção é a promoção de mudanças (Bogdan & Biklen, 1994) e de desenvolvimento social (Almeida & Freire, 2003) . Parece consensual que a investigação-acção parta de um problema, à semelhança de qualquer outro acto investigativo. A grande diferença, quando a comparamos com outro tipo de investigações, está na produção de informação e conhecimentos que permitam uma aplicação imediata no contexto (Arends, 2000).
Uma outra característica típica da investigação-acção diz respeito ao indivíduo que leva a cabo a investigação. Normalmente esta não é promovida pelos investigadores, mas sim pelas pessoas que, na sua actividade, se deparam com situações/problemas que precisam de ver resolvidas.
O processo da investigação-acção pode dividir-se em diferentes passos, mas na fase inicial é necessário colocar um problema prático, relativo às problemáticas e vivências diárias, e que não interfira em demasia com a actividade principal e que possa ser resolvido pela própria pessoa (com ou sem ajuda de terceiros). A partir daí dá-se um conjunto de actividades cíclicas que passam pela 1) planificação, 2) acção, 3) observação e 4) reflexão. Neste processo a recolha de informação válida é essencial porque é com base nessa informação que se vão tomar as decisões estratégicas na planificação. A recolha de informação dá-se no momento da observação. À medida que se vão resolvendo os problemas iniciais, durante a reflexão podemos ter duas hipóteses para dar continuidade ao ciclo: ou surge um novo problema na reflexão e partimos desse problema, ou então debruçamo-nos sobre outras questões que gostaríamos de ver resolvidas.
Um outro aspecto associado à investigação-acção está relacionado com a participação de outros membros. Como este tipo de investigação implica a mudança e o desenvolvimento social, obriga ao envolvimento dos diferentes elementos da comunidade visados na investigação. Por um lado, os dados recolhidos permitem maior consciência do problemas, por outro é suficiente motivador para que os diferentes indivíduos participem na investigação-acção. Bogdan e Biklen (1994) referem que neste tipo de investigação existem muitas coisas em jogo, nomeadamente a vida das pessoas, os empregos, as práticas injustas para com alguns, etc, o que obriga o investigador a "ser sistemático, completo e rigoroso na recolha de dados" (P. 299).
No campo educativo, quem desenvolve este tipo de metodologia, tem por hábito partilhar os resultados com os diferentes colegas, de modo a discutir os métodos de ensino praticados (Arends, 2000). Esta questão remete-nos para a ideia de escola reflexiva, mas não circunscrita à acção de apenas um ou outro elemento. A envolvência de todos os elementos da comunidade educativa é essencial, para que esta forma de pensar e de estar perante a educação seja eficaz no processo educativo.
Recursos usados:
http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=35592
Almeida, L. & Freire, T. (2003). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilibrios.
Arends, R. I. (2000). Aprender a ensinar. Lisboa: McGraw-Hill
Bogdan, R. & Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
15 de maio de 2008
Recolha de Dados - Análise ao Tema 2
São vários os factores que nos levam à escolha de diferentes tipos de métodos, como tal, devemos conhecer o grau de abrangência de cada um, as suas vantagens e desvantagens e as condições que temos para pôr em prática o método mais adequado à investigação que estamos a conduzir.
Assim, à medida que avançamos com a parte inicial da investigação, vamos delineando o nosso plano de investigação, tendo em consideração as nossas limitações (quer temporais, quer metodológicas, quer amostrais), de modo a definirmos quais os métodos que poderão extrair o máximo de informação necessária para que façamos a análise mais correcta do problema que colocámos.
Ao longo do tema 2 analisaram-se duas técnicas de inquérito que têm um espectro muito alargado. De uma forma muito genérica, a diferença de base que encontramos entre a entrevista e o questionário prende-se com a maior ou menor directividade que cada um tem, como podermos analisar no próximo quadro.
Uma primeira conclusão que se pode tirar é que tanto a entrevista como o inquérito incidem sobre a linguagem, o que nos sugere algumas vantagens e desvantagens.
Relativamente à entrevista temos como grande vantagem, quando comparamos com o questionário, a possibilidade do entrevistador se adaptar ao entrevistado. Para além desta vantagem temos outras como: 1) a obtenção completa da informação que pretendemos; 2) conhecer o entrevistado; 3) avaliar a comunicação não verbal; 4) garantia de resposta por parte dos participantes. As desvantagens estão principalmente ao nível da análise directa da informação, isto é, quando queremos fazer uma análise de conteúdo (e não apenas descritiva) após a entrevista é necessário fazer a sua transcrição, categorização e codificação. Este é um processo longo, que exige muito tempo, nomeadamente no que se refere à entrevista propriamente dita. Por vezes é necessário entrevistar um bom número de indivíduos, o que leva ao aumento do tempo dispendido. Para além destas desvantagens, encontramos outras: 1) a inibição do entrevistado a questões delicadas; 2) a capacidade de verbalização do entrevistado; 3) as condições onde decorrem a entrevista podem ser prejudiciais, o que obriga à preocupação de encontrar um espaço confortável para ambos. Antigamente tínhamos como desvantagem a limitação dos intrumentos usados na entrevista (duração da fita das cassetes, por exemplo), contudo, hoje em dia as tecnologias que dispomos conseguem ultrapassar muitas destas limitações.
No que se refere ao questionário, temos como grande vantagem a abrangência do número de inquiridos. Para além disso, encontramos outras vantagens como: 1) a facilidade de análise dos dados; 2) o facto de ser um instrumento muito mais económico quando avaliamos o número de horas dispendido para a sua aplicação e análise e o número de inquiridos envolvidos no processo; 3) permite, com maior facilidade, a colocação de questões mais íntimas; 4) menor enviesamento nas respostas. Contudo, há um conjunto de desvantagens, mas aquela que denota maior preocupação diz respeito ao processo de construção do questionário que, para além de ser longa, não garante a total adaptação aos inquiridos: 1) não permite o esclarecimento de dúvidas nas questões colocadas; 2) o vocabulário do inquirido; 3) a taxa de retorno de respostas costuma ser baixa (o que obriga ao uso de estratégias que colmatem este problema); 4) a falta de controlo na condução das respostas; 5) o acréscimo de informação complementar.
Assim, verificamos que o segredo da entrevista reside no próprio entrevistador, enquanto que no questionário o segredo está na construção do mesmo. Em ambos os casos, a maior desvantagem prende-se com a garantia da veracidade das informações que foram recolhidas.
O uso de diferentes métodos que se complementem e que permitam retirar a informação necessária para responder ao problema que é colocado no início da investigação, parece ser uma tarefa árdua, na medida a que obriga ao conhecimento do uso dos mesmos, mas também ao seu domínio (ou então que haja alguém que domine essa técnica para a poder aplicar, contudo, isso obriga a que a pessoa também esteja por dentro da investigação).
Recursos usados:
Guide to the Design of Questionnaires
Interviewing in qualitative research
Almeida, L. & Freire, T. (2003). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilibrios.
Bogdan, R. & Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
Ghiglione, R. & Matalon, B. (2001). O Inquérito: teoria e prática. Oeiras: Celta Editora
10 de maio de 2008
Recolha de Dados - A Entrevista
1) Exploração (de algo que desconhecemos);
2) Aprofundamento (assuntos que necessitam de maior explicação para se entender a totalidade do seu fenómeno);
3) Verificação (domínios já suficientemente bem conhecidos que queremos verificar na sua aplicação e evolução em contextos diferentes);
4) Controlo (validação parcial dos resultados - aqui a entrevista não surge como método principal).
Deste modo encontramos 3 tipos de entrevistas que visam objectivos diferentes e que se estruturam de forma distinta.
De um modo geral, a linguagem em qualquer tipo de entrevista deve ser acessível e com um tema estimulante para o entrevistado, de forma a recolher o máximo de informação possível. O entrevistador deve clarificar o que se pretende daquela entrevista, quer da parte do entrevistado, como também do próprio entrevistador. Assim, num primeiro momento é estabelecida uma relação entre ambos os lados, para que se possam iniciar as questões. Ainda relativamente ao entrevistador, este deve mostrar sempre uma postura neutra e de interesse pelo que é dito pelo entrevistado.
Na entrevista não directiva/livre, o investigador inicia com um tema geral, suficientemente ambíguo, para que o entrevistado explane todas as suas ideias. Aqui é bastante usada a reformulação e o parafraseamento, para dar continuidade ao discurso do entrevistado, mas também para que ele esclareça um ponto menos desenvolvido e para o entrevistador mostrar que está atento e interessado no discurso do entrevistado.
Na entrevista semi-directiva/semi-estruturada o entrevistador segue, de forma aleatória, um conjunto de questões provenientes de um quadro teórico, de modo a aprofundar ou ver a evolução daquele domínio na população que está a investigar. Assim, aquilo que destingue a entrevista não directiva da semi-directiva é a utilização constante do quadro teórico que usámos para a construção do guião de entrevista. Aqui o discurso e o pensamento do entrevistado pode ser quebrado com uma outra questão, de modo a balizar a informação que se pretende recolher. Por outro lado o grau de ambiguidade é mais reduzido do que nas entrevistas não directivas.
Finalmente, na entrevista directiva/estruturada, há um conjunto de questões estandartizadas, colocadas numa ordem específica que visam a análise de objectivos muito específicos da investigação, de modo a que haja um grau de ambiguidade muito reduzido nas respostas dos entrevistados. Normalmente, este tipo de entrevista surge após o uso de outros métodos de recolha de informação.
Relativamente à forma como se regista a informação da entrevista poderemos usar o suporte áudio, o vídeo, ou então poderemos fazer notações no decorrer da entrevista. Após o processo de transcrição, um bom método usado para validar a informação recolhida passa pelo envio da transcrição para o entrevistado, de forma a que este proceda às correcções necessárias.
Recursos usados:
Bogdan, R. & Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
Ghiglione, R. & Matalon, B. (2001). O Inquérito: teoria e prática. Oeiras: Celta Editora
2 de maio de 2008
Recolha de Dados - O Questionário
Entre os vários instrumentos usados para a recolha de dados, os questionários são, provavelmente, um dos instrumentos mais usados mundialmente para inquirir pessoas.
Uma primeira questão a colocar será: "Em que situações devo usar este instrumento?" Normalmente associamos o questionário a abordagens quantitativas, onde procuramos testar hipóteses. Contudo, o uso de questionários é um pouco mais abrangente e, como tal, apresenta layouts e organizações diferentes, consoante o tipo de uso que lhe queremos dar.
Ghiglione e Matalon (2001) identificam 4 grandes objectivos no uso de questionários.
1) estimar certas grandezas absolutas, como por exemplo despesas ao longo do ano, percentagem de pessoas que usam um produto, etc;
2) estimar grandezas relativas, como por exemplo fazer estimativas para determinadas proporções da população;
3) descrever uma população ou subpopulação, como por exemplo identificar as características dos leitores dos jornais de uma população que queremos estudar;
4) verificar hipóteses, relacionando duas ou mais variáveis.
Independentemente do uso que lhes queiramos dar, há um aspecto fundamental na construção dos questionários: a formulação das questões. Para Ghiglione e Matalon (2001), qualquer erro ou ambiguidade associados à construção do questionário, levará a conclusões erradas. Assim, é aconselhável que as questões sejam reformuladas de modo a que sejam perfeitamente entendidas pelo inquirido. Contudo, a reformulação está sempre limitada àquilo que queremos analisar em específico. Ainda no que diz respeito à construção das questões, de um modo geral, encontramos dois tipos de questões: abertas e fechadas. Segundo Ghiglione e Matalon (2001), as questões fechadas podem ter várias formas e permitem uma análise estatística dos dados recolhidos. Já o uso de questões abertas obriga à análise de conteúdo, uma tarefa mais trabalhosa do que aquela associada às questões fechadas.
A escolha sobre se devemos ter um questinário com questões abertas, fechadas ou ambas é bastante variada. Esta escolha prende-se com vários aspectos, entre os quais, 1) os objectivos da investigação, 2) a capacidade que temos para fechar as questões, de modo a analisar de forma mais dissecada as variáveis pretendidas; 3) o tipo de impacto que queremos criar sobre o inquirido e a própria lógica do questionário (e.g. no início podemos querer saber qual a propensão que uma pessoa tem para comprar smarties e no final do questionário, após um conjunto de questões sobre este tema pergunta-se novamente qual a propenção de modo a analisar se essa atitude mudou; se usarmos questões abertas no início podemos levar o inquirido a centrar-se nas problemáticas que queremos analisar, mostrando que a sua opinião é importante, para depois passarmos a questões fechadas).
Este último ponto remete-nos para a questão da ordem como colocamos as questões. Como foi focalizado num dos exemplos, a ordem como colocamos as questões pode sugerir diferentes tipos de resposta, logo este deve ser outro aspecto fundamental na construção dos questionários.
A pré-testagem do questionário, apesar de não ser um passo obrigatório, é um estágio muito importante, que permite a validação do instrumento através da reformulação necessária para que se proceda à construção final (mesmo quando estivemos atentos a todos os aspectos da sua construção, referidos anteriormente). A pré-testagem deve ser feita com indivíduos que façam parte da população ou sub-população que queremos analisar, ou então elementos que sejam muito semelhantes.
De facto o questionário tem que ser construído de acordo com o tipo de população que vamos investigar, de modo a que esta seja capaz de compreender cada uma das questões, assim como as questões colocadas não devem suscitar recusas devido ao seu conteúdo, por parte de quem responde.
Para concluir, é necessário mencionar um aspecto já focado: a associação usual que se faz dos questionários à investigação quantitativa. De facto, a recolha de dados de questionários com perguntas fechadas permite uma análise estatística directa das variáveis que pretendemos investigar. Almeida e Freire (2003) referem que podemos encontrar hipóteses dedutivas e indutivas. Aquando da análise sobre os métodos dedutivos e indutivos, concluiu-se que no primeiro caso, e aplicando ao ponto aqui em reflexão, as hipóteses surgem do campo teórico enquanto que no caso das hipóteses indutivas, estas são provenientes da prática diária e da observação da realidade que nos rodeia. Os mesmos autores ainda referem que o nível de concretização das hipóteses ainda se pode dividir em: 1) conceptual (relação entre variáveis ou entre uma ou mais teorias); 2) operativas (quando há indicação das operações necessárias para a sua observação; 3) e estatística (relação esperada em termos estatísticos, que são apresentadas pela hipótese alternativa - aquela que tem a relação que queremos ver confirmada no fenómeno analisado - e pela hipótese nula - aquela que se opõe à hipótese alternativa). Contudo, e como também já foi referido, os questionários não servem apenas para este fim.
Recursos usados:
Guide to the Design of Questionnaires
Almeida, L. & Freire, T. (2003). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilibrios.
Ghiglione, R. & Matalon, B. (2003). O Inquérito: teoria e prática. Oeiras: Celta Editora
28 de abril de 2008
As primeiras Etapas da Investigação - Análise ao Tema 1

Existem várias modalidades de investigação e consequentemente várias formas de formular problemas. Contudo, e de um modo geral, podemos encontrar três tipos de formulação de questões num problema:
É a partir daqui que se vai analisar a qualidade e a pertinência do problema, porque se este não tem qualquer tipo de relevância ou se não for exequível do ponto de vista do modus operandi da investigação, então não há lógica em colocar o problema, havendo necessidade de reiníciar o primeiro passo.
O modo como se formula o problema vai então determinar a estrutura da investigação (isto porque vai assentar num tipo de paradigma específico). Assim, é como se tivessemos um caminho inicial que se subdividisse em vários outros caminhos e que esses mesmos caminhos se fossem dividindo à medida que a investigação avança.
Retirado de Almeida & Freire (2003)
A estrutura do documento investigativo, em qualquer paradigma, não se altera substancialmente, excepto no seu conteúdo, acabando por seguir os seguintes pontos:
1) Capa (refiro este aspecto porque é importante que o título do trabalho tenha bem identificado os pontos teóricos);
2) Resumo (conteúdo do trabalho onde é identificado o problema, a população estudada, os instrumentos usados, o procedimento de recolha dos dados, os resultados principais e a conclusão);
3) Introdução (colocação do problema e a sua contextualização teórica; aqui surgem ainda ou as hipóteses e variáveis de estudo, ou então as questões orientadoras, dependendo do tipo de investigação);
4) Método (descrição pormenorizada da condução do estudo, de modo a que seja possível a sua replicação, onde normalmente surge a amostra, o material/instrumentos e o procedimento; mais uma vez, consoante o tipo de investigação, podem surgir aqui diferenças, como a existência do design do estudo no caso de se tratar uma investigação experimental);
5) Resultados (aqui encontramos uma grande diferença, enquanto que na investigação quantitativa tudo se gera em torno da validação estatística e da identificação de diferenças significativas dentro das variáveis analisadas, na investigação qualitativa a preocupação limita-se à identificação de factos e evidências que providenciem dados necessários para responder às questões orientadoras);
6) Discussão (sumário dos resultados, avaliando e interpretanto o seu valor, dentro da literatura analisada, deixando indicações para futuras investigações)
Contudo, apesar de esta ser uma estrutura consentânea, os Estudos de Caso, bem como as investigações mistas, etc, podem ter pequenas variações. Aquilo que distingue cada uma delas acaba por ser o seu conteúdo diferenciado. De um modo geral, a investigação segue a própria estrutura da redacção do relatório, apesar de haver momentos em que se volta atrás no processo investigativo, ou então que se verifique uma dialética entre as diferentes fases.
Almeida, L. & Freire, T. (2003). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilibrios.