O caminho da investigação é longo, deve ser atento, colaborativo e participativo.
Longo porque é uma área muito sensível, que obriga o domínio das metodologias de investigação, ou pelo menos um conhecimento suficientemente abrangente, de modo a focalizarmo-nos naquelas que mais se adequam no âmbito da nossa investigação. A complexidade existente nas metodologias de investigação obriga a um estudo longo e aprofundado das mesmas, nomeadamente através de uma vertente mais prática, de aplicação das técnicas para a recolha de dados e de redação da escrita científica. Por outro lado o caminho na investigação surge de acordo com os interesses do investigador e das linhas de investigação do domínio científico. Se a primeira depende muito das características intrapessoais do próprio investigador, a segunda remete para a questão da atenção à realidade da investigação.
Como foi explorado na Investigação em EaD, um aspeto muito importante para quem é investigador, é ter um profundo conhecimento das linhas orientadoras e das áreas emergentes de um determinado domínio científico. Para o efeito é necessário acompanhar de perto a produção científica dos seus pares e o acompanhamento das revistas científicas de renome.
Contudo, este aspeto parece não ser suficiente, porque nem todo o trabalho científico produzido nestas revistas é proveniente de toda a comunidade científica. Assim, urge o contacto com diferentes unidades e grupos de investigação. A partilha, a participação e a colaboração entre investigadores do mesmo assunto pode ser um elemento essencial para o desenvolvimento do saber na área. Se antigamente o processo de investigação, e em particular o de um doutoramento, era vivido de modo quase solitário, hoje em dia, através da internet conseguimos romper muitas barreiras e ter acesso a grupos com quem podemos trabalhar conjuntamente.
Uma vez definido o estudo a seguir, o suporte do orientador, a supervisão dos docentes e a troca de ideias entre colegas com linhas de investigação semelhantes à nossa pode ser um caminho bastante produtivo na condução do nosso estudo. Apesar disso, o contacto com pessoas que estejam a estudar o mesmo objeto de investigação permite uma análise mais detalhada e mais precisa, já que se trata de pessoas que revelam um profundo conhecimento naquele saber específico. Foi por esse motivo que me levou a entrar em contacto com o espaço de partilha do Teorema da Equivalência na Interação, local gerido por Terry Anderson e Terumi Miyazoe.
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